quarta-feira, 6 de outubro de 2010

quero uma arte...

quero uma arte que toque os corações.
que mexa as estruturas.
que desperte paixões
adormecidas, esquecidas...

quero fazer arte como a única coisa que me resta.
de forma plena, inteira, mordaz.

quero fazer arte como quem morde, como quem cutuca.

não quero cançõezinhas de ninar. não quero fazer adormecer.
pelo contrário, quero acordar... acordar o mundo pra fazer viver.

quero que a vida pulse como pulsa o coração do condenado no corredor da morte.

e que seja despida de egos, vaidades e coisas mesquinhas...

que se viva.

que se sinta.

que se seja.

simplesmente.

e intensamente.

(texto escrito/vomitado ao final de um dia em que pesquisei sobre os trabalhos artísticos maravilhosos de alexandre veras e andréa bardawil, me reuni e pensei muito sobre arte com o pessoal do ceará autoral criativo e soube da notícia-tragédia do falecimento do poeta marcelo bittencourt).

esta letra foi musicada posteriormente por jefferson portela.

Um comentário:

aluisio martinns disse...

bela catarse...
viva a arte e sua sede que não cede aos apelos pragmáticos...
abs